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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

As Civilizações I, II e III

“Michio Kaku, professor de física teórica no City College da Universidade de New York, graduou-se em Harvard e recebeu o título de doutor em Berkeley. É um dos pioneiros da teoria das supercordas e está na linha de frente dessa verdadeira revolução na física moderna. Muitos cientistas proeminentes acreditam que a teoria desvendará algumas das mais intrigantes questões de nossos tempos, como as origens do universo, os buracos-negros e as viagens no tempo. 
... Ao refletir sobre os futuros possíveis e o destino final do universo, no seu livro – Hiperespaço – Michio Kaku conduz o leitor para a arena das discussões que sacodem o “establishment”da física”. Editora Rocco.
A sua editora em língua portuguesa – Roccco – informa que o livro Hiperespaço é o livro de divulgação quemais provocou discussões desde o lançamento de “Uma Breve História do Tempo” de Stephen Hawking.


As civilizações I, II e III

“O tempo é tão complexo, embora o movimento clássico de moléculas individuais possa em princípio ser previsto, que mesmo o espirro de uma pessoa pode criar distorções que vão se encrespar e ser magnificadas ao longo de milhares e milhares de quilômetros, acabando, quem sabe, por provocar um furacão”. Michio Kaku.
Ou mais poeticamente, - o bater de asas de uma borboleta pode provocar um furacão há milhares e milhares de quilômetros do local onde ela adejou, deslumbrante, diante de uma flor...



Fonte:jornalinfinito
Michio Kaku estava falando sobre dimensões e advertia os seus leitores, no início de um verdadeiro tema de ciência ficção: as grandes civilizações do universo e o que é necessário para se chagar nestes pontos. Nikolai Kardachev já havia categorizado os itens principais para se atingir tal status. De início, estas grandes civilizações (a nossa ou do espaço exterior) teriam que possuir a capacidade de dominar a 10ª dimensão.


Civilização tipo I
Segundo N. Kardashev

Esta civilização já controla os recursos energéticos do seu planeta. O clima está sob as suas ordens, seus terremotos já podem ser evitados e a sua mineração já atinge os níveis profundos da crosta terrestre e os oceanos já produzem todos os seus benefícios em prol dela. “Esta civilização já completou a exploração do seu sistema solar”.


Civilização tipo II

O sol do seu planeta não tem mais segredos para este tipo de civilização, o sol está, inteiramente sob o seu domínio total: ela até minera no seu sol, além de se aproveitar da energia solar, o sol move as suas máquinas e provê toda a fabulosa quantidade de energia a qual esta civilização necessita. “Esta civilização vai começar a colonização de sistemas estelares locais”.


Civilização tipo III

Toda uma galáxia é controlada pela civilização nº III. A fonte de potência da qual necessita, jorra com as fontes da força reunida em bilhões de sistemas estelares locais, “Provavelmente dominou as equações de Einstein e é capaz de manipular o espaço-tempo à vontade”.

Base da classificação empregada: Cada nível é categorizado a partir da fonte de potência que energiza a civilização:

Tipo I: Usa a potência de um planeta inteiro
Tipo II: Usa a potência de uma estrela inteira
Tipo III: Usa a potência de uma galáxia inteira

Qual seria a nossa classificação dentro deste sistema de julgamento?
Seríamos uma civilização tipo O, iniciamos a exploração de nossos recursos planetários, mas não possuímos ainda a tecnologia e meios para controlá-los. Os combustíveis utilizados por nós são o petróleo e carvão (combustíveis fósseis) e a força bruta do trabalho humano.


“Os nossos maiores computadores não podem nem prever o clima, que dirá controla-lo”.
No dizer do físico Michio Kaku, como civilização “somos um bebê recém nascido”.
Uma civilização poderia levar milhões de anos “o fato extraordinário ligado a esse esquema de classificação é que essa ascensão é exponencial e, portanto, avança muito mais rapidamente que qualquer coisa que se poderia conceber de pronto”.
Uma suposição razoável seria a de “ quando” atingiremos esses marcos. Tendo-se em vista o nosso andar da carruagem, em séculos, poderíamos chegar ao posto de civilização do tipo I.
O controle do clima seria para nós bom começo. Um furacão gera a potência de centenas de bombas de hidrogênio, no entanto, a nossa tecnologia para detonar a fusão da bomba de hidrogênio ainda é tão primitiva que ainda devemos detonar uma bomba para adquirir a fusão ao invés de consegui-la e controla-la usando um gerador de energia. Daí, o controle do clima seria o nosso passo inicial – “”este feito está a, pelo menos, um século de distância da nossa tecnologia atual”.

“De maneira similar, uma civilização tipo I já colonizou a maior parte de seu sistema solar. Em contraposição, marcos no desenvolvimento atual das viagens espaciais são penosamente medidos na escala de décadas e, portanto, um salto qualitativo, como a colonização do espaço, deve ser medido em séculos”.


Transição de uma civilização para a outra (aproximadamente)

Tipo I para tipo II: 1000 anos. Começará a minerar o seu sol, devido às suas necessidades energéticas.

Tipo II para tipo III: vários milênios ou mais. Escala de tempo prevista por Isaac Asimov na sua séria: fundação.

“Jornada nas Estrelas” é um exemplo típico de civilização tipo II, com a sua “Federação de Planetas”. Iniciaram o controle da força gravitacional – a arte de arquear o espaço-tempo – usando os “buracos de minhoca” e com isto atingindo as estrelas próximas. Einstein, se vivo, veria a sua teoria geral da relatividade dominada pela Tipo II, e com este efeito liberada da barreira limite imposta pela velocidade da luz.
As naves que protegem as pequenas colônias estabelecidas ao longo do tempo em alguns sistemas fariam este trabalho como se fossem uma Enterprise da Jornada das Estrelas. A energia dessas naves seria obtida pela colisão matéria-anti-matéria e esta capacidade de concentrar a anti-matéria suficientemente para as viagens espaciais, colocaria esta civilização do tipo II muitos séculos a um milênio adiante de nós.

De Nikolai Kardashev

Este tema fascinante segue em frente e quem sabe se um dia, noutra série, possamos voltar especificamente a ele. Nesta série este tema cumpre o papel de servir de apoio à Teoria da Panspermia Direta de Sir Francis Crick e Orgel. A tese em questão, como se vê, é perfeitamente possível de representar uma realidade e os dois cientistas não estavam presos numa “crise de loucura” quando a formularam e sim baseados em possibilidades e probabilidades que estão sendo estudadas cientificamente.

Parafraseando uma das perguntas que a humanidade vem fazendo desde a sua aurora, podemos agora arriscar a indagação feita da seguinte maneira: de onde vim: de uma Tipo II ou Tipo III?